Acordo entre Brasil e ONU
A criação de lei para proteger crianças e adolescentes de castigos
físicos foi acordada entre Brasil e ONU (Organização das Nações Unidas),
em virtude da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança,
aprovada em 20 de novembro de 1989 pela Assembleia Geral das Nações
Unidas. Atualmente, 32 países proíbem tal prática.
O projeto de Lei N° 7672, conhecido como Lei da Palmada, contrariando várias projeções, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e já seguiu para apreciação do Senado Federal.
O projeto de Lei N° 7672, conhecido como Lei da Palmada, contrariando várias projeções, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e já seguiu para apreciação do Senado Federal.
Campanhas educativas e atendimento à família
A Lei da Palmada dá o direito a crianças e adolescentes de serem
criados e educados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel
ou degradante. Para isso, serão realizadas campanhas educativas cujo
objetivo será orientar os adultos sobre os malefícios à saúde física e
mental trazidos pelo uso da violência na educação. Além disso, adultos
que cometem agressões reiteradas e as vítimas terão atendimento
psicossocial. Sem interferência no lar! Sem punição aos pais!
“Os pais precisam entender que autoridade é mostrar que você tem o poder de decisão sobre o seu filho. O problema é que, quando dessa decisão não é bem exposta às crianças, vira autoritarismo. O filho precisa enxergar que tem autonomia para escolher o que quer, mas que o seu desejo pode ser ou não realizado”.
Uma criança se sente acuada quando sofre uma vigilância constante, quando há controle em demasia sobre as suas ações. Adela destaca que, ao notarmos crianças retraídas ou sufocadas, é preciso pensar que ela está sentido o peso da autoridade como excessivo e que pode não ter forças para suportá-lo. “O retraimento é como um refúgio para os filhos que se sentem assim. É importante que os pais repensem seu lugar e escutem a criança. Às vezes, em alguns desses casos, é a criança quem cria uma imagem de um pai extremamente autoritário e isso não corresponde à realidade. Nessas horas, pode ser importante consultar um especialista”, afirma a psicóloga.
Autoridade x autoritarismo
A linha entre autoridade e autoritarismo parece tênue. Porém, os dois conceitos são bastante distintos. Enquanto autoridade significa impor regras necessárias para um bom convívio, autoritarismo é sinônimo de imposição, uso excessivo de poder. Mara Pusch, psicóloga da Unifesp, diz que autoridade parental não deixa criança alguma retraída ou traumatizada.“Os pais precisam entender que autoridade é mostrar que você tem o poder de decisão sobre o seu filho. O problema é que, quando dessa decisão não é bem exposta às crianças, vira autoritarismo. O filho precisa enxergar que tem autonomia para escolher o que quer, mas que o seu desejo pode ser ou não realizado”.
Uma criança se sente acuada quando sofre uma vigilância constante, quando há controle em demasia sobre as suas ações. Adela destaca que, ao notarmos crianças retraídas ou sufocadas, é preciso pensar que ela está sentido o peso da autoridade como excessivo e que pode não ter forças para suportá-lo. “O retraimento é como um refúgio para os filhos que se sentem assim. É importante que os pais repensem seu lugar e escutem a criança. Às vezes, em alguns desses casos, é a criança quem cria uma imagem de um pai extremamente autoritário e isso não corresponde à realidade. Nessas horas, pode ser importante consultar um especialista”, afirma a psicóloga.
O que diz a ciência?
Há mais de 20 anos a ciência estuda os efeitos dos castigos físicos
em crianças e adolescentes. Os resultados indicam que apanhar faz mal
para o desenvolvimento psicológico deste grupo. A psicóloga Joan
Durrant, da Universidade de Manitoba, e o assistente social Ron Ensom,
do Hospital Infantil de Eastern Ontario, ambos pesquisadores canadenses,
analisaram vários estudos sobre o tema.
Segundo eles, nenhuma destas pesquisas comprovou que punir fisicamente
tem efeito positivo. Pelo contrário! A maior parte dos estudos constatou
efeitos negativos, tais como depressão, ansiedade e vícios, que podem
começar na infância e se estender para a vida adulta.
Redução do QI…
Outra pesquisa que comprova a ineficácia da violência na educação de crianças e adolescentes
foi publicada no Canadian Medical Association Journal. Vulnerabilidade a
vícios em drogas e álcool e a doenças psicológicas, como depressão e
ansiedade, e tendência a resolver conflitos com violência são apenas
alguns dos malefícios que uma educação baseada na violência acarreta.
Porém, o resultado mais inusitado foi a constatação de que bater reduz o QI (quociente de inteligência).
Porém, o resultado mais inusitado foi a constatação de que bater reduz o QI (quociente de inteligência).
Problema de saúde pública
A violência doméstica contra criança e adolescente é considerada
problema de saúde pública pelo Ministério da Saúde. E não é à toa!
Segundo um levantamento inédito
baseado no sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) deste
órgão, divulgado no fim de maio de 2012, a violência física é a mais
comum na faixa etária de 10 e 19 anos.
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