terça-feira, 26 de junho de 2012

EROTIZAÇÃO PRECOCE








O teólogo e escritor Frei Betto acredita que os efeitos negativos dos anúncios publicitários infantis, principalmente televisivos, deveriam ser tratados pelos currículos das escolas brasileiras. A opinião foi defendida no debate sobre “Infância, Valores e Sustentabilidade”, organizado pelo Instituto Alana, nesta quinta (21/6) como parte da programação da Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro.
Para ele, a publicidade utiliza a erotização precoce para seduzir as crianças a consumir produtos desde cedo. Quando se tornam consumistas entre os quatro e cinco anos, ocorre o fenômeno da “esquizofrenia”, por estarem biologicamente infantis, mas psicologicamente adultos. Dentro desse contexto, a criança que passa mais de três horas por dia na frente da TV transfere seu universo onírico para a telinha.
“Não é necessário mais sonhar porque a televisão já faz isso por ela, só é preciso assistir esses sonhos”, afirma. Assim sendo, a tendência dessa criança quando chega a puberdade, próximo aos 12 anos, é viver um trauma ainda maior do que o normal para o período, ao perceber que o mundo infantil já acabou, mas a sua capacidade onírica ainda não se esgotou.

Frei Betto ressalta que esse pré-adolescente é o candidato ideal para ser um usuário excessivo de drogas, forma pela qual poderá escapar do real e, finalmente, sonhar, já que não fez isso antes. “Não dá para ficar sem sonhar, quando a existência é colocada em bens e produtos, não há coração que aguente, a pessoa se frustra”, complementa.
Levando em conta tudo isso, o escritor é a favor do projeto de lei que proíbe completamente a propaganda de produtos e serviços voltados às crianças, que tramita na Câmara há mais de dez anos e, atualmente, está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Eles querem formar consumistas, nós queremos formar cidadãos”, enfatiza.
Para tentar minimizar esses efeitos negativos, Frei Betto defende que o tema seja discutido nas escolas, mas também em casa, espaço de debate fundamental para a formação do indivíduo. Nesse sentido, questiona os pais que preferem levar seus filhos ao shopping center, estimulando o consumismo, do que ir ao  parque ou em lugares próximos à natureza.
“A experiência humana é construída com valores que, na minha opinião, são o problema mais profundo do sistema atual em que vivemos. Temo que o paradigma principal desse momento é o do mercado, em que os únicos princípios que importam são os que promovem a acumulação de riqueza”, lamenta.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Animais de estimação para as crianças


Seu filho surpreendeu este ano ao pedir um animal de estimação como presente ? Saiba que o benefício principal destacado pelas famílias que têm bichos, pelos pediatras e até por estudiosos é o companheirismo, pois o animal provoca diversos estímulos na criança. O bebê exercita a coordenação motora fina ao ter de controlar sua força para acariciar um cachorro, um gato, um coelho. Treina a marcha ao engatinhar ou tentar andar (por vezes, correr) atrás do animal. Olfato, visão e audição são provocados pelos sons, cheiros e movimentos dos bichos. 

Um estudo realizado pela Universidade Loyola, em Chicago, mostrou os benefícios dos animais nos hospitais. Os investigadores afirmam que acariciar um cachorro pode ajudar pacientes internados a reduzir pela metade a quantidade de analgésicos que precisam tomar. 

Cientistas norte-americanos já haviam revelado também que ter um animal é um ótimo aliado contra o estresse. Os donos dos bichos que participaram do estudo tinham a frequência cardíaca e a pressão arterial significativamente mais baixa se comparados com aqueles que não tinham um animal de estimação. 

O mascote, sobretudo o cachorro, faz ainda com que a criança exercite sua autoridade num mundo de "adultos-juízes", que arbitram sobre a vida dela o tempo todo. "Com o animal, ela terá a oportunidade de ser o juiz, mandar e desmandar. Além disso, expõe para a criança o significado de preservação à vida e de limite à dor", diz a pediatra Sandra Oliveira Campos. 

Cachorros, gatos, passarinhos, peixes, ratos e até ursos são figuras constantes no universo dos pequenos. Estão no abajur do quarto, no border do papel de parede. São heróis em filmes e em livros infantis. Essa relação é fomentada, criada, incentivada porque, acima de tudo, traz bem-estar. Estudos mostram que o contato com animais ativa áreas do cérebro relacionadas com as emoções. Não é por outro motivo senão a sensação de bem-estar, físico e mental, que terapeutas lançaram mão da terapia com animais para tratar crianças hospitalizadas ou com deficiências mentais. "É um excelente treino para a afetividade", diz Sandra. 
As melhores raças para as crianças 

O bicho escolhido pelo seu filho foi um cachorro? Escolher nem sempre é fácil. Com mais de 20 anos de experiência em clínica, a veterinária Maria Inês Ferreira nos ajudou a compor uma tabela com as 16 raças mais indicadas para viver com crianças, dentre as 400 disponíveis no Brasil. 

Há sempre a necessidade de supervisão de um adulto nas brincadeiras, pois o cão pode ter um desvio de comportamento, dependendo de como elas acontecem. Se a criança o chatear, ele pode ficar agressivo. Quem quiser saber sobre outras raças pode acessar o site http://www.kennelclub.com.br . Confira, nas páginas seguintes, as raças para você escolher aquela que cabe na sua casa.  

domingo, 10 de junho de 2012

ONDE ESTÃO AS FESTAS JUNINAS ?


Festa junina em escola tem o objetivo de manter viva uma importante tradição da nossa cultura ou é só um meio de angariar fundos? 


Tenho esta dúvida todas as vezes que vou a uma quermesse e vejo pais constantemente assediados por crianças desesperadas por fichas para jogar nas barracas, filas para comprar comidas e tudo girando em torno de dinheiro. 

Não questiono a festa em si. Adoro a música, o quentão, os quitutes, o colorido das fitas, a molecada jogando estralinho, as conversas ao pé da fogueira (que nem brilham mais). Mas nas festas que tenho frequentado, a confraternização tem sido claramente ofuscada pelo comércio e me pergunto se isso é adequado no ambiente escolar. 

As alternativas existem. Há alguns anos, fui a uma festa em uma escola de São Paulo que era organizada com a participação dos pais. Cada um levava um prato de comida e bebida. Tinha a equipe do quentão e do vinho quente, a equipe da fogueira, a equipe da limpeza. Era tudo de graça. E não havia música sintetizada nos altos falantes: contrataram uma bandinha típica com sanfoneiro, violeiro, percussionista e cantor, que tocava forró e músicas juninas.
As brincadeiras com prendas (também arrecadadas pelos pais) eram gratuitas e foram só no início da noite. No restante, a criançada se entreteve com brincadeiras e danças típicas: pés de lata, corrida de saco, ovo na colher, rodas e quadrilhas que não eram ensaiadas e todos, adultos e crianças, eram convidados a dançar.
Entendo que há escolas que, pelo tamanho, não conseguiriam organizar uma festa tão "caseira". Por isso, o ideal seria pais e educadores se reunirem para debater o assunto e buscar novos formatos de comemorações menos focadas na dinheirama e na jogatina infantil. E com mais foco na tradição junina, no encontro, na confraternização. 
Sem esquecer é claro, do comprometimento da festa com o meio ambiente. 
Não dá para valorizar a tradição do campo enchendo a cidade de lixo.



FONTE:




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Educação infantil pode ser mais importante do que o curso superior?


Já Sabe

Palavra Cantada

Já gosta da mamãe
Já gosta do papai
Não sabe tomar banho não
Já sabe tomar banho
Já quer ouvir histórias
Não sabe pôr sapato não
Já sabe pôr sapato
Já come até sozinho
Mas nunca escova os dentes não
Já escova bem os dentes
Já vai até na escola
Não sabe jogar bola não
Já sabe jogar bola
Já roda, roda, roda
Não sabe pular corda não
Já sabe pular corda
No colo quer carinho.




Ei, você aí: 
Passou do tempo de pensar que criança de 0 a 6 anos não aprende na escola, porque “só” brinca. Além de descobrir se está perto de casa, quanto custa, como cuida da limpeza, que tipo de alimentação oferece e se trata seu filho com carinho, é hora de identificar como essa escola vai educá-lo. Afinal, ele aprende desde que nasce que a escola é o ambiente social mais importante depois da família.
Educação infantil pode ser mais importante do que o curso superior?
 Sim. É quando a criança experimenta o prazer pelo aprender e começa a gostar dela (ou não). A escola aguça a curiosidade da criança e diz a ela “olha que interessante é a vida!”.

O futuro começa agora e por isso é hora de decidir se vai priorizar uma formação humanista em que se preza a criação de um ser crítico e capaz de tomar decisões ou optar por um perfil mais pragmático.


Escolinha?! 




Por essas e outras, chamar de “escolinha” soa pejorativo. O termo não existe à toa. 

A sociedade demorou a entender que  a infância é um período importante e as crianças são diferentes em determinadas idades. Para ter uma idéia, faz somente dez anos que o Ministério da Educação — com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases — reconheceu a educação infantil como parte da educação básica de qualquer brasileiro. Isso reflete no que é oferecido às famílias, pois, entre outras coisas, indica ser fundamental a especialização do educador. Significa que educação infantil tem de ir muito além da “tia”, das recreações, do Dia das Mães ou das canções de Natal. O seu filho precisa estar em um local com profissionais especializados que promovam rotinas baseadas em propostas pedagógicas muito bem fundamentadas. 

“ A Escola infantil não vive de improviso e não é um parque de diversões”, diz o educador Marcelo Bueno, coordenador pedagógico da escola Estilo de Aprender. Renata Americano vai além: “É o pedaço mais precioso da vida, porque é quando está se formando a identidade da criança!”.


O período se resume em estar com os outros. “Aprendem a ser e a conviver. É a fase do ‘como’: como eu escovo os dentes, como eu lavo as mãos, como eu seguro o lápis, como eu brinco, como eu corro, como eu pulo. Ou seja: ‘como sou’, ‘como devo ser’ e ‘como faço para ser’”, diz Karina Rizek Lopes, coordenadora da Área de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do MEC. “Além do desenvolvimento físico da criança, também acontece o psíquico e o do caráter”, afirma Quézia Bombonatto, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

O avanço da asma em crianças e adolescentes


© DANIEL BUENO

Na década passada, a prevalência de asma no Brasil cresceu entre crianças de 0 a 9 anos e também entre adolescentes de 10 a 19 anos, sobretudo entre os meninos e os moradores de áreas rurais (Revista de Saúde Pública, abril de 2012).

 A conclusão é de um trabalho de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Rio Grande do Sul,  que analisou dados sobre a doença produzidos em três anos distintos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

 Em 1998, a prevalência de asma entre as crianças brasileiras foi de 7,7%; em 2003 atingiu  8,1%; em 2008 alcançou 8,5%. O incremento anual foi da ordem de 1%. O maior aumento anual ocorreu nas regiões Sudeste e Norte (1,4%). Entre os adolescentes, a prevalência 
da doença foi de 4,4% em 1998, 5% em 2003 e 5,5% em 2008. 
O aumento anual foi de  2,2%. No Nordeste, o índice foi ainda maior (3,5%).

 Os autores do estudo levantam algumas hipóteses para explicar o avanço da asma, como a ampliação dos serviços de atenção básica, o aumento do número de equipes de saúde da família e, na zona rural, uma maior exposição a pesticidas e agrotóxicos.


clique no link abaixo:

As farmácias populares oficiais e as unidades privadas de todo o Brasil passam a ofertar, gratuitamente, três medicamentos para asma em 10 apresentações a partir desta segunda-feira (4).
O brometo de ipratrópio, dipoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol foram incluídos na ação Saúde Não Tem Preço, ao lado dos 11 medicamentos para hipertensão e diabetes. Eles serão ofertados em 554 unidades próprias e 20.374 da rede privada, conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular.

Público-alvo

A decisão de disponibilizar gratuitamente os medicamentos tem o objetivo de atender, prioritariamente, crianças de até 6 anos, já que a asma está entre as principais causas de internação nessa faixa etária. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças com essa idade. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma.
Os medicamentos incorporados já faziam parte do elenco do programa Farmácia Popular, ou seja, são ofertados à população com até 90% de desconto nas unidades da rede própria e privada. Com a inclusão deles no Saúde Não Tem Preço, o valor de referência – estabelecido pelos laboratórios produtores – será mantido e o governo assumirá a contrapartida que era paga pelo cidadão.

Como retirar?

Para retirar os remédios, é preciso apresentar um documento com foto, o CPF e a receita médicadentro do prazo de validade.
De acordo com o responsável pela Farmácia Popular da Parangaba, Fernando Pinheiro, “Em Fortaleza, as farmácias populares estão localizadas no Terminal do Siqueira, Terminal da Parangaba e no Centro da cidade (Rua do Rosário, 283)”. Ainda segundo ele, cerca de 800 mil pacientes por ano devem ser beneficiados.
Fonte Jangadeiro on Line

Abaixo está o link para saber quais são os medicamentos que podem ser adquiridos gratuitamente:
http://longevidade-eventos.blogspot.com.br/2011/02/lista-de-medicamentos-fornecidos.html?spref=fb